O termo produtividade tóxica ganhou notoriedade durante o período pandêmico e tem sido muito usado para insinuar a necessidade de estar fazendo algo a todo momento para se sentir produtivo. Isso implica em trabalhar muito mais do que se trabalhava no modo presencial, no escritório, atingindo um alto nível de exaustão. Mas, afinal, quando chegamos a esse ponto de “toxidade”?
Alguns indícios podem servir de pré-aviso e apontam um sinal de alerta para situações específicas que rodeiam uma vida de estresse institucional. Veja quais são eles:
- não desligar o computador, mesmo quando conclui suas obrigações, para que no próximo dia possa começar os trabalhos o quanto antes;
- olhar o celular a todo momento para confirmar se não existe uma nova notificação no WhatsApp;
- relutar para pegar no sono;
- não dar a devida atenção aos assuntos que não estejam ligados ao trabalho;
- não conseguir se divertir e aproveitar nada que não seja referente ao universo corporativo;
- não se alimentar direito;
- entre outros.
Além disso, percebe-se que a segunda onda da pandemia foi um banho de água fria nas expectativas positivas da retomada da economia e do restabelecimento de toda atividade produtiva estagnada/reduzida por esta situação.
Apesar do cenário positivo atual, com a redução de novos casos e mortes diárias, o Brasil ainda tem tido uma visibilidade negativa no quadro internacional, já que desde junho de 2021, o país ocupa a décima posição em termos de quantidade de mortes per capita no mundo e já superou há um tempo o número de 2.500 óbitos por milhão de habitantes.
Mas, ao passo que a pandemia é contida, acontece uma abertura mais ampla da economia, com as normas de restrições de algumas atividades sendo retiradas de forma gradual.
Então, apesar de os eventos relacionados à pandemia da Covid-19 terem aumentado de forma exorbitante o grau de incerteza no tocante ao funcionamento da economia, temos que ter a noção de que tudo isso vai passar em algum momento e que temos que desenvolver a capacidade de trabalhar sem gerar prejuízos a nossa saúde mental e física, bem como aos nossos relacionamentos particulares e, sobretudo, conservando nosso equilíbrio interior, afinal, ele é o pressuposto para manter nossa produtividade.
Sendo assim, a seguir, saiba o que é produtividade tóxica, quais são seus sinais, prejuízos e como ela pode ser evitada por meio da ação personalizada do RH:
Saiba quando o excesso de tarefas se torna prejudicial, caracterizando a produtividade tóxica. | Foto: Freepik.
O que é produtividade tóxica?
Produtividade tóxica refere-se a um modo de se expressar sobre o excesso de preocupação e dedicação relacionado ao seu trabalho, dando prioridade para a produtividade em detrimento da saúde mental e da vida particular. Não importa o quanto a pessoa trabalhe, para ela nunca será o suficiente.
Esta pode ser caracterizada por uma obsessão por auto-aperfeiçoamento, em outras palavras, por mais que o trabalhador seja produtivo, sempre parece pouco.
Durante a pandemia do Coronavírus, esse sentimento se tornou ainda mais comum no cotidiano das pessoas. Isso porque, apesar de ter uma rotina de tarefas, muitos profissionais ainda têm a sensação de que o restante do tempo livre também deveria ser usado para o trabalho, de modo a aumentar a produtividade. Ou seja, durante a pandemia, algumas companhias se tornaram o que chamamos de “empresa tóxica”.
A romantização do excesso de trabalho não é algo novo, mas com a rotina home office, o medo da ociosidade acabou gerando uma dificuldade em alcançar o equilíbrio entre o tempo gasto em atividades referentes à vida particular e a profissional.
Porém, isso não é só uma escolha do próprio funcionário, mas também dos gestores. Segundo informações do Valor Econômico, 60% dos profissionais brasileiros dizem que tiveram cargas de trabalho maiores nos anos de 2020 e 2021, quando comparadas aos anos anteriores.
Quais são os indícios de produtividade tóxica?
É muito importante que o RH e os gestores estejam dispostos a observar frequentemente os profissionais da empresa, mesmo que de longe, para detectar indícios de produtividade tóxica e coordenar o trabalho de forma eficaz e equilibrada.
Ademais, vale a pena dialogar com os colaboradores, para entender se eles estão sobrecarregados ou com o famoso burnout, e se é viável organizar as demandas de maneira mais justa, sem gerar desgastes.
Ainda, é importante lembrar que o excesso de trabalho e cobranças também podem causar maiores índices de turnover, fazendo com que a empresa perca ótimos colaboradores e precise investir em esforços para processos seletivos.
Alguns indícios que indicam a produtividade tóxica e que você deve prestar atenção para sua empresa não ser considerada ruim são:
- excesso de culpa relacionado ao trabalho ou às pausas;
- troca de momentos de lazer por compromissos de trabalho;
- o funcionário está a todo tempo online no celular ou computador, trabalhando;
- excesso de horas extras ou jornada que se prolonga com regularidade;
- o profissional trabalha mesmo durante a hora do almoço;
- demasiada exaustão.
A produtividade tóxica é extremamente negativa para a empresa. Isso porque o cérebro necessita de períodos de descanso depois de atividades intensas.
Ou seja, quando não damos o tempo suficiente para esse descanso, podemos nos sobrecarregar, reduzindo nossas capacidades cognitivas e criatividade, além de elevar a tendência a erros nos processos rotineiros.
Além disso, o desgaste traz inúmeros prejuízos à saúde mental e pode causar graves consequências para o funcionário, como insônia, estresse, ansiedade, depressão e a popular Síndrome de Burnout.
Isso sem levar em consideração que muitos especialistas também afirmam que a própria atitude de trabalhar sem descanso pode ser um modo de esconder, fugir ou superar distúrbios psicológicos ou desequilíbrios emocionais que já existem no âmago do colaborador.
Finalmente, saiba que o aumento de cortisol, o hormônio do estresse, também pode levar a problemas de perda de memória, além de causar quadros de doenças, como diabetes e hipertensão arterial.
O estresse excessivo é um dos indícios de produtividade tóxica. Foto: Freepik.
Como a produtividade tóxica pode ser evitada?
Lembre-se de que sua vida não é apenas definida pelo trabalho, portanto aprenda a dizer não quando algo extrapola os limites que você estabeleceu para si mesmo.
É fato: a pandemia submeteu muitas pessoas a uma grande pressão. Apesar do home office ter ocasionado um melhor ganho de tempo, já que muitos colaboradores não precisam mais ir fisicamente até o trabalho, as cobranças ficaram mais rígidas e apareceu uma precisão de expor isso a todo momento.
Esse quadro se agravou ainda mais com o grande volume de demissões ocasionadas pela crise econômica. Dessa maneira, com medo da demissão, boa parcela dos funcionários se sentiu na obrigação de ampliar o ritmo de trabalho e de estar disponível para a empresa durante todos as horas do dia.
Vale ressaltar que, no ambiente corporativo físico, os colaboradores se sentem com mais controle e confiança, tendo a noção de tudo o que está acontecendo em vários setores da empresa e estabelecendo uma relação mais colaborativa com o grupo.
A partir dessas informações, é possível ter uma ideia de como o RH e os gestores podem ajudar os funcionários a reduzirem o ritmo e evitarem a produtividade tóxica.
A primeira sugestão está relacionada à comunicação. Uma comunicação transparente a respeito da situação da corporação e os rumos e decisões tomadas auxilia os profissionais a sentirem mais confiança, sem o medo contínuo de serem despedidos.
Ademais, é importante que os chefes promovam alinhamentos frequentes com a equipe, para manter os colaboradores integrados e informados, reduzindo essa sensação de falta de controle.
A cultura empresarial também precisa passar por mudanças. No campo corporativo, é habitual que o trabalho excessivo seja encarado com bons olhos, enquanto colaboradores que tiram momentos de pausa são vistos como preguiçosos. Esse tipo de concepção precisa ser transformado, visto que agora temos conhecimento sobre os prejuízos do trabalho em excesso.
Além das sugestões mencionadas, vale a pena definir horários flexíveis, acompanhar de perto as horas extras e os colaboradores que prolongam suas jornadas frequentemente. Isso causará inúmeros benefícios corporativos ligados à saúde física e mental, incentivando os profissionais a viverem uma vida mais saudável e menos estressante, evitando assim a produtividade tóxica.
A Benê te ajudará a evitar a produtividade tóxica e fazer com que seus colaboradores se sintam bem em trabalhar na sua empresa. | Foto: Freepik.
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