O que é empreendedorismo feminino? Conheça sua importância e principais desafios

Empreendedorismo feminino é todo negócio e projetos chefiados por mulheres. Embora esse tipo de empreendedorismo enfrente muitos obstáculos, ele tem transformado o mercado de trabalho.

Apesar do notável progresso que temos feito na conquista do espaço feminino no mundo dos negócios, ainda existem muitas dificuldades e desafios.

Mulheres empreendedoras são aquelas que abriram seu próprio negócio e estão em cargos de liderança. | Foto: Freepik.

O que é empreendedorismo feminino e como surgiu?

As mulheres raramente têm sócios e investidores que acreditem no seu potencial, trabalham menos horas no negócio, tem empresas menores, ganham  menos,  fazem menos empréstimos em bancos e, quando o fazem, pagam taxas mais altas.

O empreendedorismo feminino representa uma mudança social da mulher no mercado de trabalho. Ainda hoje, existe o imaginário social de que as mulheres devem focar no cuidado das tarefas domésticas e dos filhos. Nesse sentido, mulheres ambiciosas que estão em cargos de poder são vistas de forma pejorativa ou não são levadas a sério.

Na esfera internacional, sempre existiram mulheres empreendedoras, mas este tema ganhou popularidade e aprofundamento recentemente.

Por exemplo, no século 18, Elisa Lucas Pinckney mudou a forma como a agricultura era gerida durante a época colonial nos Estados Unidos. No século 19, havia Madame Clicquot Ponsardin, que se tornou uma importante empresária francesa em bebidas, à frente da casa de champanhe Veuve Clicquot.

No Brasil, as principais pesquisas sobre empreendimentos femininos iniciaram no fim da década de 90. Na esfera global, estes estudos começaram, nos anos de 1970 e 1980.

A importância do empreendedorismo feminino

Mulheres empreendedoras beneficiam a economia, os negócios e a sociedade como um todo, fornecendo ideias e agregando diversidade. O empoderamento econômico contribui para a participação e liderança feminina e para o fim da violência contra mulheres e meninas.

Do ponto de vista econômico, um aumento no número de mulheres nos negócios significa um aumento no produto interno bruto (PIB) global, de acordo com um estudo de 2019 do Boston Consulting Group. 

Na perspectiva social, as mulheres em cargos de chefia  contribuem para a igualdade entre homens e mulheres, sabe-se também  que as mulheres tendem a empregar outras mulheres, dessa forma, constrói uma rede de mulheres nos negócios.

Quais os desafios do empreendedorismo feminino?

Tornar-se um empreendedor já é uma tarefa difícil devido aos obstáculos para iniciar e manter um negócio lucrativo. Ao levar em consideração o recorte de gênero, esses desafios se tornam ainda maiores.

As mulheres empreendedoras no Brasil ainda enfrentam preconceito, jornada dupla e falta de crédito e incentivo dos investidores, embora as mulheres tenham nível superior de escolaridade e sejam melhores pagadoras.

As mulheres de negócio estão sujeitas a barreiras econômicas e alguns setores de mercado são dominados por homens, como engenharia, tecnologia e tecnologia da informação.

O machismo no mercado de trabalho, se ilustra em juros mais altos para empreendedoras mulheres, mesmo que as mulheres se endividam menos que os homens, segundo dados do Sebrae, em 2019.

O empreendedorismo feminino é visto como uma grande oportunidade para mães que precisam dividir seu tempo entre a carreira e os filhos, com horários flexíveis e possibilidade de trabalhar em casa.

As mulheres acabam tendo que assumir diversos papéis, dividindo suas carreiras com tempo para os filhos, tarefas domésticas e responsabilidades fora do trabalho. Mais de 50% das empreendedoras brasileiras são mães, segundo dados da Rede Mulher Empreendedora (RME) e esse é um dos motivos que levam as mulheres a optarem por esse modelo de trabalho, para conseguir equilibrar a sua rotina de trabalho com o cuidado com os filhos.

Os empresários homens têm o privilégio de colocar seus próprios negócios em primeiro lugar, enquanto as mulheres empreendedoras também são responsáveis ​​pelo cuidado das casas e dos filhos.

Essa sobrecarga torna-se desgastante, obrigando muitas mulheres a colocar suas carreiras e negócios em espera.

Em ambientes corporativos, ainda existe uma cultura de assédio e preconceito, desse modo, mulheres acabam buscando um outro caminho na carreira por conta desse ambiente.

Diante dos empecilhos, é preciso seguir alimentando essa ideia, pois essa é uma das formas de diminuir a estigmatização de mulheres empreendedoras e ajudá-las a tirar seus sonhos do papel e concretizá-las.

Empreendedorismo no Brasil

Por mais que muitas pessoas enxerguem o mundo dos negócios com uma visão de liberdade, glamour e construção de grandes empresas, as mulheres buscam esse modelo de trabalho, como forma de sustentar a sua família ou alcançar a sua independência financeira.

Mulheres dependentes financeiramente de seus maridos, tendem a continuar em relacionamentos abusivos sem enxergar outras perspectivas.

De acordo com a pesquisa Sebrae pelo Global Entrepreneurship Monitor (GEM), existem mais de 26 milhões de mulheres empreendedoras no Brasil e, sua maior participação está na área de beleza, moda e alimentação.

A pesquisa também evidenciou que as mulheres são mais escolarizadas, mais jovens e recebem menos em comparação aos homens.

Exemplos de mulheres empreendedoras

Existem inúmeras personalidades que são exemplos de casos de sucesso, inspirando o protagonismo feminino no mundo dos negócios.

Luiza Trajano

Luiza Trajano, que começou a trabalhar na loja do tio na década de 1950, e hoje é proprietária do  Magazine Luiza, que tem mais de mil lojas em quase todos os estados do país, foi considerada  pela revista Time em 2012, como uma das 100 mulheres mais influentes do mundo. 

Luiza é a presidente do Magazine Luiza, responsável pelo crescimento que colocou a empresa, nas décadas seguintes, entre as maiores varejistas do Brasil. 

Ao longo de sua carreira, recebeu centenas de homenagens e prêmios como empreendedora e líder, já foi considerada quatro vezes, o primeiro lugar de líder de negócios com melhor reputação no Brasil, segundo a consultoria espanhola Merco. 

Alcione Albanesi

Empresária e empreendedora, construiu a maior empresa de lâmpadas do Brasil a FLC Lâmpadas, líder no segmento de iluminação e pioneira na fabricação de LED no país. 

Além de empresária, também fundou uma das maiores iniciativas sociais: os Amigos do Bem. Ela lidera mais de 10 mil voluntários e impacta a vida de 150 mil pessoas que vivem na extrema pobreza no sertão nordestino. 

Camila Farani

Camila Farani é empreendedora, investidora e educadora. Aos 21 anos, começou a empreender e hoje possui um currículo de destaque no empreendedorismo feminino.

Coleciona uma série de empreendimentos e lideranças, atua no Conselho administrativo do PicPay, também é embaixadora e consultora especial de Marketing e crescimento da Nuvemshop. 

Além de ter investido por seis anos no Shark Tank, o maior reality show de startups do mundo, ela ainda possui outras ocupações que a tornam uma das mais importantes investidoras do Brasil.

Rachel Maia

Rachel Maia é uma das empresárias mais bem sucedidas do país. Maia é a primeira mulher negra a ocupar o cargo de CEO no Brasil. 

Foi a principal responsável pelo desenvolvimento da joalheria dinamarquesa Pandora ganhar participação de mercado no país. Em escala multinacional, a empresária atuou como CEO por quase 8 anos, deixando o cargo em abril de 2018.

Desde 2017, Maia é membro do Conselho de Desenvolvimento Econômico e Social. Ela também é conhecida por defender uma maior diversidade nos níveis mais altos das grandes corporações.

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