O quiet quitting é um movimento um tanto quanto controverso que surgiu recentemente associado aos jovens da geração Z. O quiet quitting trouxe para o mercado de trabalho uma discussão que por muito tempo foi ignorada, a importância da saúde mental. Ainda há muitas dúvidas a respeito do quiet quitting e seus impactos. Por isso fizemos esse artigo para te explicar tudo sobre esse movimento. Vem comigo!
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O que é quiet quitting?
O termo quiet quitting veio ganhando uma grande repercussão dentro das plataformas digitais como TikTok, Instagram e Twitter recentemente, principalmente entre os jovens da geração Z. Ao contrário do que sugere o termo desse movimento, o nome “quiet quitting” não é uma alusão a deixar seu emprego de forma silenciosa.
O termo traz à tona uma discussão sobre limitar-se a fazer apenas o obrigatório dentro de suas funções, apenas aquilo que está realmente no contrato trabalhista. Isso significa não fazer coisas que te forem solicitadas caso elas não sejam parte de suas tarefas obrigatórias. O quiet quitting propõe fazer o mínimo, apenas obrigatório, de maneira bem-feita.
A ideia por trás do quiet quitting é cuidar da saúde mental dentro do trabalho. Evitando exaustões mentais e síndromes de burnout ao realizar mais tarefas do que deveria, sem que seja recompensado com uma remuneração extra. O movimento do quiet quitting também dá força a trabalhadores que estão insatisfeitos com o seu ambiente de trabalho ou a maneira como são tratados por seus superiores dentro da empresa.
Por trás disso tudo está um termo em inglês mundialmente conhecido: o burnout, que desde 1º de janeiro é classificado pela Organização Mundial da Saúde (OMS) como uma doença ocupacional. A pane pode acometer qualquer funcionário e deve ser tratada com urgência. Raquel Dilguerian Conceição, head de saúde populacional e corporativa do Hospital Albert Einstein, diz que os sinais de exaustão devem ser comunicados. “É normal se sentir cansado de vez em quando, mas a apatia não pode ser a regra”, diz. “É preciso haver diálogo aberto: não basta culpar apenas o chefe, que muitas vezes também pode estar sobrecarregado.”
Por que o quiet quitting é tendência?
A pandemia do Coronavírus contribuiu para trazer à tona a discussão sobre saúde mental, principalmente após muitas pessoas serem diagnosticadas com estresse ou síndrome de burnout devido ao momento difícil que a sociedade atravessou. O movimento do quiet quitting surgiu após um jovem americano de 23 anos viralizar um vídeo sobre o quiet quitting e falando sobre a prática dele. O vídeo ficou popular entre os jovens dentro das redes sociais e com isso o movimento foi tomando força.
O quiet quitting também questiona a cultura do Always Online que surgiu com o home office. Denunciando que essa cultura acaba por atravessar os limites entre trabalho e horário de descanso, levando as pessoas ao burnout. O quiet quitting sugere um equilíbrio entre o momento de trabalho e o momento para relaxar e cuidar de si. Como muitas pessoas passaram por uma síndrome de estresse ou burnot, o movimento do quiet quitting conseguiu ganhar uma grande força dentre os jovens da geração Z.
O surgimento desse fenômeno deu uma voz coletiva e legitimou as reclamações desses grupos. O movimento tomou proporções tão grandes que atingiu as lideranças das empresas que passaram a ouvir seus colaboradores e tomar ações para mudar o atual cenário.
Quais as desvantagens?
O quiet quitting propõe que seja feito apenas o obrigatório. O problema dessa ideia é que pode gerar desentendimentos entre você e suas lideranças. A ideia de fazer apenas o que está no contrato pode soar como preguiça ou má vontade aos ouvidos de seus supervisores.
Muitas vezes essa ideia é recebida como utópica e o discurso é que a realidade exige que as pessoas se desdobrem além de suas obrigações e que tenham de abrir mão de sua vida pessoal pelo seu trabalho.
O quiet quitting pode gerar resultados prejudiciais ao colaborador, como por exemplo uma estagnação em sua carreira a partir do momento em que o colaborador é visto como alguém preguiçoso ou que não está tão empenhado.
Isso pode fazer com que o colaborador não alcance cargos mais altos dentro da empresa e não tenha um bom reconhecimento. Essas rusgas que podem acabar por surgir com as lideranças da empresa também podem acabar resultando em demissões por uma visão do colaborador como negligente e alguém que não se esforça e se doa pela empresa.
Por mais que o quiet quitting esteja ganhando força, ele ainda é enxergado como preguiça e desnecessário apesar do seu viés de cuidar da saúde mental. Como esse é um movimento que cresce dentro da geração Z, os cargos de liderança ou outros colaboradores com idade mais avançada podem criar uma grande aversão a essa nova corrente de pensamento.
Dicas para lidar com quiet quitting
Existem algumas maneiras de lidar com o quiet quitting causando menores impactos aos companheiros de trabalho, por exemplo:
1 – Pontue as coisas que não estão funcionando como deveriam
A melhor maneira para que você possa tomar atitudes mais ponderadas é você parar para refletir e pontuar as coisas que você considera estar funcionando fora do adequado. Pontue o porquê essas coisas estão fora do adequado e há quanto tempo isso está ocorrendo. Reflita se esses problemas já ocorreram em ocasiões passadas e até mesmo em outros empregos, avalie também a responsabilidade que você tem para a criação desse cenário.
2 – Comunique sua insatisfação
Ao invés de simplesmente para de fazer as tarefas a mais de maneira silenciosa, comunique a sua insatisfação com os ocorridos e explane os pontos que você listou e refletiu anteriormente. Converse com seus líderes e ouça os pontos que eles têm para te apresentar. Utilize argumentos bem construídos e seja claro durante o seu diálogo. Assim, você consegue corrigir esses pontos que você considera errado de maneira mais ponderada, evitando conflitos e complicações com suas lideranças.
3 – Estabeleça limites
Comunique e passe de maneira bem clara aos seus líderes e companheiros de trabalho, alguns limites, como horários adequados para ligações, reuniões e e-mails, para que todos possam manter uma relação saudável. Adeque esses limites de modo que você consiga realizar bem todas as suas tarefas e manter um bom momento de descanso para cuidar de si próprio.
4 – De prioridade ao que importa
Pontue as coisas e tarefas que são mais importantes para você e pense em como você tem gerenciado seu tempo e sua energia, e as medidas cabíveis para que você possa melhorar esse cenário. Pense nas prioridades de sua vida e o papel que o seu trabalho exerce. Lembre-se que suas escolhas e os resultados delas são sua responsabilidade.
5 – Seja um líder melhor
Um processo mais ponderado também precisa envolver os cargos de liderança. Você que está em cargos de liderança, ouça a sua equipe e crie um bom diálogo com eles. Manter uma boa relação com cada um deles é essencial para manter um bom funcionamento da equipe e bons resultados individuais.
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